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Gabriela Vieira:

Natural do Rio de Janeiro, mais precisamente Araras, um vale na serra de Petrópolis. Geminiana. Botafoguense com muito orgulho, lançada no mundo com 17 anos, quando comecei minha carreira como modelo. Desde então cigana, curiosa por natureza, apaixonada por viagens, culturas diversas, línguas, culinária e até um pouco de moda...

Morei 5 anos em Milão, 2 em Paris e nos ultimos quase 6 anos, em Nova York. Atualmente de volta a minha origem e cidade do coração, Rio de Janeiro (mas sabe se lá até quando...)

 

Writer's pictureGabriela Vieira

Chiang Mai - Um tesouro no norte da TaiIândia


Chiang Mai, no norte do país, foi a primeira cidade na viagem que fizemos pela Tailândia.

Não tenho dúvidas de que colocá-la em primeiro foi a melhor decisão que tomamos ao sair da caótica Nova York - no período natalino - em busca de equilíbrio.

Ela é a segunda maior cidade do país - embora não pareça, pois não existem construções muito altas - e mais importante do norte em aspectos culturais, auto intitulando-se cidade criativa.


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Está localizada estrategicamente no meio de uma região montanhosa pois foi escolhida para ser a capital do reino de Lanna. A entrada para o centro histórico é feita pelos portões que ainda restam da muralha original construída nos anos 1400 afim de protegê-la.

Também é palco de um dos espetaculos religiosos mais bonitos do mundo, o festival das lanternas, que acontece em novembro ou dezembro, de acordo com o calendário lunar.

Existem aproximadamente 300 templos budistas na cidade, muitos no centro, distantes poucos metros um do outro.

O mais importante ao planejar a visita aos templos na Tailândia, é o modo de se vestir. Joelhos e ombros cobertos, tanto pra homens quanto pra mulheres. O calor/humidade são de matar, ou seja, não é uma tarefa muito fácil se cobrir todo num clima daqueles. Priorize tecidos leves, roupas claras e havaianas ou sapatos fáceis de calçar pois vc vai retirá-los infinitas vezes para entrar em cada templo. Para as mulheres a dica é levar um lenço, pois alguns templos também não aceitam visitantes decotadas.

1• Dia:

- Wat Phan On:


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Sua pagoda (chedi) dourada já chama atenção e nos convida lá de fora.

Esse templo tem uma feirinha de artesanato e comidas do lado de fora também.

Por dentro, repare na beleza das colunas decoradas e o Budha dourado sentado ao fundo.

Foi construído em 1500, está super bem conservado, resultado do trabalho e devoção dos monges que moram logo atrás do templo.



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What Phan Tao:

Feito quase todo em madeira Teka - uma das mais resistentes do mundo - esse templo é muito bonito, um tanto rústico, já foi até palácio de um dos reis e merece sua visita.

Repare nos detalhes da madeira entalhada na sua entrada, nos "bilhetes" de oferendas pendurados no teto contendo doações: e no jardim, as bandeiras e lanternas, nos sinos de bronze e na chedi ("torre") nos fundos.


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- Wat Chedi Luang:

Imeditamente ao lado, está o templo mais velho da cidade. Construído ainda no século 14, a estrutura foi inspirada nos templos kmer da Cambodia, para abrigar as cinzas de um rei. Foi concluído com 80 metros de altura, mas parcialmente destruída por um terremoto. Suas ruínas - bem conservadas - foram a estrutura mais alta de Chiang Mai por muitos séculos.


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Era considerado tão importante que chegou a ser o "guardião" do objeto sacro mais importante da Tailândia, o Budha em Esmeralda, que hoja está devidamente protegido no principal templo de Bangkok.


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No mesmo terreno ainda estão um templo de madeira com dragões decorados nas portas e um outro com um Budha reclinado.

*Monk Talk: Existe um local designado para um bate-papo com os monges embaixo da sombra de uma arvore nos fundos do terreno, para que eles pratiquem inglês respondendo perguntas de estrangeiros sobre seu modo de vida/religão.

PS: Mulheres devem ter cuidado para não tocá-los e não passá-los objetos.


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No maior templo do complexo, está uma das imagens de Budha mais adoradas da cidade.

O Presiding Budha - de pé, com uma mão levantada - transmite paz mundial e um recado para que não se brique com seus parentes, referente a uma história de quando povos oriundos de uma mesma família quase entraram em guerra quando houve excassez de água.

-Wat Phra Singh:


Outra imagem importante fica no templo mais "religioso" de todos que visitamos.

Em meados de abril, quando acontece o festival Songrak essa estátua é levada para fora, fazendo parte da proscisão marcada pelos banhos d'agua os quais recebe.

Aqui também vimos muitas pessoas realmente rezando, inclusive essa fofura dessa menina, sendo ensinada pela mãe com as mãozinhas juntas, se inclinando em respeito a estátua!!

Não resisti a "roubar" uma foto desse momento!!


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Em uma manhã visitamos os templos principais do centro histórico e a tarde fomos ao Wat Phra That Doi Suthep que fica no topo de uma das montanhas ao redor da cidade.

A melhor forma de chegar até lá, é pegando o mini-ônibus vermelho que sai do portão Chang Puak, ao norte, ou do portão Thae Phae. Leva aproximadamente 40 minutos ziguezagueando em infinitas curvas e custa 100baht por pessoa.

Chegando lá, é preciso subir os 309 degraus - ou pegar um tram - para chegar até o templo de fato.





Antes de tirar seus sapatos para ver o seu interior, percorra os arredores, onde estão estátuas de elefantes, flores, os sinos e um belo mirante decorado com madeira esculpida e com vista da cidade inteira.


Uma vez no seu interior, aprecie a beleza da Stupa dourada, o Budha em vidro verde e outros detalhes da decoração.

Prepare-se, o local fica bem cheio, tanto de turistas como visitantes locais que tem enorme respeito pelo local e fazem ali suas orações.





Chegamos de volta a cidade por volta das 5 da tarde, quando esta começava a se preparar para o famoso mercado de rua dos domingos.

Originalmente localizado na rua Ratchadamnoen - a principal do centro histórico - hoje o mercado já se extende pelas ruas perpendiculares, formando uma feira livre enorme, com barracas de artesanato, souvenirs, roupas e comidas para todos os gostos.


Sem dúvida, dos vários mercados que visitamos nas cidades tailandesas, este foi o melhor e mais original. Foi aqui que entendemos o porquê de Chiang Mai ser chamada de cidade criativa.






Entre tantos e milhares de quitutes, são imperdíveis um suco de fruta tropical natural, o mango sticky rice e a Khao Soi, a sopa tradicional do norte - que não se encontra no resto do país - com influências da Birmânia, feita com curry, leite de côco, frango e noodles - também crocantes por cima!!!

Deu até água na boca lembrar do meu prato preferido da viagem inteira!!!



O mango sticky rice, sobremesa mais famosa do país, nada mais é do que um arroz doce feito com leite de côco acompanhado de fatias de uma manga-super-madura-que-desmancha-na-boca.



Pros mais aventureiros, tem também polvo grelhado, sushi por peça (mais barato que uma água em Nova York) e até insetos crocantes, porque não?!!




Vai escurecendo e as ruas vão ficando cada vez mais cheias, adicionam-se grupos tocando música e a atmosfera vai ficando ainda mais animada. Observe que as 6 da tarde a rua congela LITERALMENTE quando toca o hino. Os tailandeses param tudo e qualquer coisa que estejam fazendo e ficam imóveis!!! Eu cheguei a ficar confusa!!!


Satisfeitos com tanta comida e algumas comprinhas, resolvemos fazer um Spa!

Meu gringo começou com um pedicure inusitado onde pequenos peixes-doutores - sem dentes - "agarram" os pés do visitante, removendo toda pele morta.

Se é higiênico, é questionável, que ele morreu de cócegas, é fato!!

E que ele entrou com garras e saiu com um pé de neném, também!!

Dali fomos ao Lila Thai Massage, que oferece um programa de reabilitação de mulheres ex-prisioneiras dando lhes oportunidade de trabalho.

Nem preciso dizer que após o longo dia e todas as horas de viagem em volta do mundo, dormimos de babar na massagem!!!

2• Dia:

Havíamos planejado ir ao Templo Branco em Chiang Rai, ou ao Parque Nacional Doi Inthanon, duas ótimas atrações que ficam a mais de 2 horas de Chiang Mai. Como havíamos já reservado uma aula de culinária a tarde, infelizmente não tivemos tempo para o tal.

Como alternativa, acabamos caindo num drama turístico, o Tiger Kingdom.


Apesar do lugar afirmar que preserva e cuida dos tigres - que a população livre no país tem diminuído consideravelmente - de terem um cuidado muito grande em passar as "regras" para os turistas, ainda assim nos sentimos num zoológico com cara de parque de diversão.

Animais enormes são mantidos em pequenas jaulas. Existem mais de 100 por lá e por mais que estejamos cientes que talvez estes não sejam mais capazes de se adaptar a vida na selva, são muitos! Por demais!!


Existe uma grande teoria na internet de que os animais estejam sedados. Vendo os super ativos e depois de interagir com os menores, eu acredito que não.

Por outro lado, quem nunca sonhou na vida em ver de perto e fazer carinho na barriga de um bebê tigre?


Há diferentes tamanhos e de acordo com eles, o preço pelos seus 15 minutos de "contato", varia. A atividade gera muitos trabalhos também, mas é inegável que feita a custa de animais inocentes e no fim temos pena. Confesso que saí me sentindo culpada.

Enfim, fica a cargo da nossa consciência ir/contribuir, ou não.



Voltando pra cidade resolvemos explorar o lado externo das muralhas, a parte mais moderninha e cool, nos arredores do rio Ping, onde estão vários cafés/restaurantes descolados, lojas e galerias de arte, como o Woo Café, que agregas as três atividades.



Os sanduíches e os cafés gelados (no meu caso Chá verde) e o famoso prato de salada colorida de arroz (que estava em falta) são uma delícia, de comer também com os olhos!




Na volta pro centro, caímos no Art In Paradise, um museu ilusionista interativo.

Sem muita idéia do que era, resolvemos entrar. Não diria que foi um dos programas mais culturais que fizemos, mais saímos com algumas situações e fotos bem engraçadas!!!



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Asia Scenic Cooking Class :


Ainda em Nova York, enquanto pesquisávamos o que fazer na Thai, vimos muitas pessoas indicando cursos de culinária. A comida tailandesa é uma de nossas prediletas, então tínhamos que aproveitar pra aprender mais sobre essa rica culinária!!


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Entre várias cias localizadas fora da cidade onde o curso dura o dia inteiro, essa era uma em que o curso acontecia no centro, começando no fim da tarde, com sua própria horta orgânica no quintal!!

O grupo é de no máximo 12 pessoas, de tudo quanto é canto do mundo.

Após sermos informados sobre o menu e escolher o que queríamos cozinhar provamos o quitute de boas vindas tailndês o Miang Kham, que nos faz "abrir o paladar" para diferentes gostos e texturas.



É só fazer uma trouxinha num pedacinho de folha - que eu não lembro qual, Rá - e colocar um pedacinho de cebolinha branca, um de limão, um de gengibre, raspas de côco, amendoim torrado, de chilli (pimenta) e uma pitada de geléia agridoce.

Parece estranho, eu sei, mas é uma delícia!!

Dali fomos para o quintal onde a instrutora nos contou melhor sobre os muitos ingredientes tailandeses que infelizmente não são tão fáceis assim de achar no resto do mundo. Você sabia que eles usam três tipos de manjericão? Um doce (como o nosso), um hot (apimentado) e um de limão? Falando nele, lá existe um limão enrugado que eu nunca tinha visto na vida!! Além da beringela pequena, em forma de bola!!

Também fiquei sabendo que na verdade, o chilli - pimenta - do mal, entenda-se mais forte é na verdade o verde, fresco, não o vermelho seco!!! Só eu que não sabia disso???



E mãos à massa!!! Nada de utensílios modernos e sim com um jeito de casa da vó, tábua de tronco de madeira e faca multifuncional!!


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Olha o rolinho primavera saindo aí gente!!!



E alguém aí ja fez pasta de curry??? Eu nunca tinha feito e mal imaginava o trabalho todo que da!!! Agora tenho muito mais respeito por aquele green curry nosso de cada semana!!! Haja trabalho de braço pra triturar milimetricamente todos os ingredientes no pilão de pedra!!!


Resultado final após algumas horinhas divertidas de interação com o outros turistas e a professora - e garfadas no rolinho primavera e no Pad Thai - :

Duas sopas de entrada, as famosas Tom Yum e Tham Ka Khai (com leite de côco) e o green curry a a Khao Soi, prato ilustre da região!!!!

Haja apetite!!!

Ainda ganhamos um livro de culinária super explicadinho pra levar pra casa!!!

3º Dia:

Nosso último dia passamos no Campo dos elefantes Chai Lai Orchid, tão especial que merece um post só pra ele!!


Assim nos despedimos de Chiang Mai, agradecidos e encantados com seu jeitinho cultural e criativo, cosmopolita na medida certa, onde a calma e o sorriso fácil tailandeses nos dão a sensação de ter parado no tempo.

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