California Road Trip - Sequoia National Park
Mais uma vez fomos para California no Thanksgiving - dia de Ação de Graças - e resolvemos fazer uma "pequena" viagem de carro pelo estado que é bem diverso e tem um pouco de tudo para oferecer.
Quando digo tudo, é tudo mesmo, quem imagina que no estado ensolarado dos Estados Unidos há uma cadeia montanhosa gigante, onde neva tanto que foi até preciso colocar correntes nas rodas do carro?
Mas a neve não foi o motivo desse lugar estar no nosso roteiro e sim a Floresta gigante que lá está, lar das Sequoias, simplesmente as maiores árvores em volume do planeta!!! Essas gigantes que chegam a altura de um prédio de 30 andares são o maior organismo vivo conhecido e por já não existirem tantos exemplares são consideradas um fóssil vivo.
A viagem dura em média 3 horas e meia de Los Angeles a Three Rivers, pequena cidade há alguns km de uma das entradas do Parque e último ponto para compras, seja para ítens de acampamento ou lanches ou das correntes obrigatórias para circulação no parque durante o inverno.
O custo de entrada no parque é de 20 dólares por automóvel.
Conforme vamos subindo as curvas da interminável serra, a paisagem vai mudando totalmente, até que chegamos num cenário digno de natal numa montanha suíça!
Paramos o carro no estacionamento do Museu e de lá começamos a Trilha em direção a Moro Rock, um monolítico de granito que fica no topo da montanha, bem visível ainda lá debaixo:
Nos 40 minutos de percurso até a pedra, nos deparamos com as imensas sequoias. Cresci brincando na base das árvores do jardim botânico do Rio e sempre achei que não existiria nada maior no mundo. Ledo engano! O que impressiona é que as sequoias são grossas até muito lá em cima, não parecem afinar.
Querida, encolhi as crianças!
Não é a toa que o nome dela é floresta dos gigantes, nos sentimos anões embaixo ou ao lado delas!! Uma marcante caraterística dessas arvores é o fato de serem bastante resistentes ao fogo, quando a tocamos, apesar de imaginar que sejam de um tronco duro e maciço, são, na verdade, bem macias, quase esponjosas, mas mesmo assim vemos cicatrizes em algumas delas.
Chegando a pedra, era hora de encarar os 400 degraus até o topo, tarefa nada fácil com as escadas escorregadias cobertas de gelo. Vale frisar que SÓ o fizemos porque tínhamos as botas apropriadas e o tempo todo nos agarramos apoiamos no corrimão.
No topo, a vista estonteante - literalmente e especialmente para quem tiver problema com altura - de 360 graus, abrange o imenso vale a frente e as montanhas do Parque Nacional.
Voltando à trilha, demos uma espiada no pequeno museu, pegamos o carro e seguimos dessa vez para General Sherman, a árvore mais importante do parque, a maior do mundo em volume da qual se tenha conhecimento. São simplesmente 31 metros de circunferência e 83 de altura!!
Comparação do tamanho das sequoias com um foguete espacial e a Estátua da Liberdade.
Por ser inverno, algumas atrações já estavam fechadas, como a Crystal Grove - uma caverna "decorada" com estalagmites - e devido a nevasca dos dias anteriores, algumas vias estavam interditadas a veículos, o que nos impediu de ver o Tunnel Log - uma sequoia caída na estrada que virou um túnel para automóveis. Fica a dica para quem for nos meses mais quentes ou tiver mais de um dia para explorar o parque! ;-)
Nada mal!! Saúde!
Com o sol se pondo as 4.30 da tarde, só o que nos restava era tomar um chocolate quente no Wuksachi Village Lodge, o único hotel do parque, uma charmosa "cabana" que aceita a visita mesmo de não-hóspedes a beira de uma lareira.
A aventura continua, stay tunned!
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